
Não é 2012. É 2030, diz cientista inglês
Cientista britânico prevê 'catástrofe' mundial em 2030
Principal assessor do governo afirma que vão faltar água, alimentos e energia para toda a população.
O aumento da população mundial e das demandas por água, energia e alimentos poderão provocar uma "catástrofe" em 2030, segundo previsões do principal conselheiro científico do governo britânico.
John Beddington descreveu a situação como uma "tempestade perfeita", termo usado quando uma combinação de fatores torna uma tempestade que, por si só, não teria tanto efeito, em algo muito mais poderoso. A analogia também é usada para descrever crises econômicas.
Segundo Beddington, com a população mundial estimada em 8,3 bilhões de pessoas em 2030, a demanda por alimentos e energia deve aumentar em 50%, e por água potável deve aumentar em 30%.
As mudanças climáticas devem piorar ainda mais a situação, vai advertir o cientista nesta quinta-feira, na conferência Desenvolvimento Sustentável RU 09, em Londres.
"Não vai haver um colapso total, mas as coisas vão começar a ficar realmente preocupantes se não combatermos esses problemas", afirma Beddington.
Segundo ele, esta crise por recursos vai ser equivalente à atual crise no setor bancário.
"Minha principal preocupação é com o que vai ocorrer internacionalmente, vai haver falta de alimentos e de água", prevê o cientista.
"Nós somos relativamente sortudos no Reino Unido; pode não haver falta, mas podemos esperar um aumento de preço dos alimentos e de energia."
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) prevê falta de água generalizada na África, Ásia e Europa até 2025.
A quantia de água potável disponível por habitante deve diminuir dramaticamente neste período.
A questão da segurança alimentar e energia chegou a entrar no topo da agenda política no ano passado, durante a alta do preço do petróleo e de commodities.
Segundo Beddington, a preocupação agora que os preços voltaram a cair é de que essas questões saiam da agenda doméstica e internacional.
"Não podemos ser complacentes. Só porque os preços caíram, não significa que podemos relaxar", diz ele.
Melhorar globalmente a produtividade agrícola é uma forma de combater o problema, afirma Beddington.
Atualmente, se perdem entre 30% e 40% de toda a produção, antes da colheita, por causa de pragas e doenças.
"Temos que procurar uma solução. Precisamos de mais plantas resistentes a pragas e doenças, e de melhores práticas agrícolas e de colheita", afirma Beddington.
"Os alimentos transgênicos também podem ser parte da solução. Precisamos de plantas que sejam resistentes à seca e à salinidade - uma mistura de modificações genéticas e cruzamento convencional de plantas."
De acordo com o cientista, também são essenciais melhorias na estocagem de água e fontes de energia mais limpas.
John Beddington está a frente de um subgrupo de um novo departamento do governo criado para combater a segurança alimentar.
Marte teve água na superfície em passado geologicamente recente
Pesquisadores norte-americanos descobrem valas que apontam a existência de água no estado líquido em Marte há apenas 1,5 milhão de anos[Imagem: NASA/JPL/University of Arizona]
Um grupo de geólogos da Universidade Brown, nos Estados Unidos, descobriu uma série de valas em Marte que indicam a existência de água no passado recente do planeta. O sistema, que lembra a forma de um leque, foi forma
Não é 2012. É 2030, diz cientista inglês
Cientista britânico prevê 'catástrofe' mundial em 2030
Principal assessor do governo afirma que vão faltar água, alimentos e energia para toda a população.
O aumento da população mundial e das demandas por água, energia e alimentos poderão provocar uma "catástrofe" em 2030, segundo previsões do principal conselheiro científico do governo britânico.
John Beddington descreveu a situação como uma "tempestade perfeita", termo usado quando uma combinação de fatores torna uma tempestade que, por si só, não teria tanto efeito, em algo muito mais poderoso. A analogia também é usada para descrever crises econômicas.
Segundo Beddington, com a população mundial estimada em 8,3 bilhões de pessoas em 2030, a demanda por alimentos e energia deve aumentar em 50%, e por água potável deve aumentar em 30%.
As mudanças climáticas devem piorar ainda mais a situação, vai advertir o cientista nesta quinta-feira, na conferência Desenvolvimento Sustentável RU 09, em Londres.
"Não vai haver um colapso total, mas as coisas vão começar a ficar realmente preocupantes se não combatermos esses problemas", afirma Beddington.
Segundo ele, esta crise por recursos vai ser equivalente à atual crise no setor bancário.
"Minha principal preocupação é com o que vai ocorrer internacionalmente, vai haver falta de alimentos e de água", prevê o cientista.
"Nós somos relativamente sortudos no Reino Unido; pode não haver falta, mas podemos esperar um aumento de preço dos alimentos e de energia."
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) prevê falta de água generalizada na África, Ásia e Europa até 2025.
A quantia de água potável disponível por habitante deve diminuir dramaticamente neste período.
A questão da segurança alimentar e energia chegou a entrar no topo da agenda política no ano passado, durante a alta do preço do petróleo e de commodities.
Segundo Beddington, a preocupação agora que os preços voltaram a cair é de que essas questões saiam da agenda doméstica e internacional.
"Não podemos ser complacentes. Só porque os preços caíram, não significa que podemos relaxar", diz ele.
Melhorar globalmente a produtividade agrícola é uma forma de combater o problema, afirma Beddington.
Atualmente, se perdem entre 30% e 40% de toda a produção, antes da colheita, por causa de pragas e doenças.
"Temos que procurar uma solução. Precisamos de mais plantas resistentes a pragas e doenças, e de melhores práticas agrícolas e de colheita", afirma Beddington.
"Os alimentos transgênicos também podem ser parte da solução. Precisamos de plantas que sejam resistentes à seca e à salinidade - uma mistura de modificações genéticas e cruzamento convencional de plantas."
De acordo com o cientista, também são essenciais melhorias na estocagem de água e fontes de energia mais limpas.
John Beddington está a frente de um subgrupo de um novo departamento do governo criado para combater a segurança alimentar.
Marte teve água na superfície em passado geologicamente recente
Pesquisadores norte-americanos descobrem valas que apontam a existência de água no estado líquido em Marte há apenas 1,5 milhão de anos[Imagem: NASA/JPL/University of Arizona]
Um grupo de geólogos da Universidade Brown, nos Estados Unidos, descobriu uma série de valas em Marte que indicam a existência de água no passado recente do planeta. O sistema, que lembra a forma de um leque, foi formado há cerca de 1,25 milhão de anos.
Valas marcianas
Segundo os pesquisadores, as valas fornecem clara evidência de que foram formadas por água no estado líquido originada em depósitos de neve e gelo próximos. Podem também representar o último período em que água correu pela superfície do planeta.
O novo estudo foi publicado na edição de março da revista Geology. As imagens analisadas foram produzidas por uma câmera a bordo da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, lançada pela Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, em 2005.
O sistema de valas apresenta quatro intervalos nos quais sedimentos de áreas mais elevadas foram carregados pela água e depositados em leques aluviais. A água, segundo os cientistas, teria sido formada a partir do derretimento de gelo e neve.
Marte molhado
"Não se tratava exatamente de um lago em que peixes pudessem nadar, mas de água momentaneamente derretida de gelo que sublimou. Mas foi o suficiente para dissolver, transportar e depositar sedimentos no leque", disse Samuel Schon, um dos autores do estudo.
A nova descoberta sucede diversas outras feitas e publicadas nos últimos meses que indicam que Marte foi "molhado" por mais tempo do que se estimava anteriormente e que o planeta pode ter tido um ambiente úmido e não árido em diversas regiões e momentos, durante a sua história.
"Achávamos que havia água no passado recente de Marte e agora demos um grande passo no sentido de comprovar essa hipótese", disse James Head, professor de geociências da universidade e outro autor do artigo.
Depósitos de gelo e neve
O sistema de valas foi observado dentro de uma cratera em Promethei Terra, uma região de planaltos e depressões ao sul do planeta. Os canais à esquerda e à direita da formação tem menos de 1 quilômetro de extensão até o depósito do leque aluvial.
Os pesquisadores concluíram que os depósitos de gelo e neve - que deram origem à água - foram formados em um período na história marciana em que tais materiais se acumulavam nas latitudes médias. Por volta de 500 mil anos atrás, a inclinação do planeta se alterou e o gelo ali existente começou a derreter ou a se transformar diretamente em vapor.
Pesquisadores norte-americanos descobrem valas que apontam a existência de água no estado líquido em Marte há apenas 1,5 milhão de anos[Imagem: NASA/JPL/University of Arizona]
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