Foto por Djalma Vassão/Gazeta Press e Gaspar Nóbrega/Vipcomm
Roberto Carlos e Adriano podem ser personagens decisivos para o duelo deste quarta-feira (5): um jogo pelo ano todo
Mais do que a vaga nas quartas de final da Libertadores, é a tranquilidade de Corinthians e Flamengo pelo resto do ano que está em jogo no duelo desta quarta-feira (5), às 21h50, no Pacaembu, em São Paulo (SP).
A vantagem é do time carioca, que venceu o jogo de ida por 1 a 0, na semana passada, e pode empatar ou até mesmo perder por um gol de diferença, se marcar ao menos uma vez. O Corinthians tem de vencer por dois ou mais gols de vantagem. Na mais tensa das hipóteses, a vitória corintiana por 1 a 0 leva a decisão para os pênaltis.
Para o Corinthians, estará em jogo nada menos que o destino do time no ano de seu centenário. A participação da Libertadores está sendo planejada desde julho do ano passado, quando a equipe ganhou a Copa do Brasil em cima do Internacional.
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Obcecado pelo título, já que é o único dos grandes paulistas que nunca o conquistou, o clube investiu pesado, com reforços como o lateral esquerdo Roberto Carlos, os meias Tcheco e Danilo e o atacante Iarley, além de manter sua maior estrela, Ronaldo.
Embora o presidente Andrés Sanchez já tenha dito que o Fenômeno continua no clube em caso de eliminação, e que o foco passará a ser a conquista do Brasileirão, que começa no fim de semana, a frustração da torcida será enorme – a ponto de a polícia temer novas invasões de campo no Pacaembu, como ocorreu em 2006, quando o Corinthians foi eliminado pelo River Plate.
Fora da Libertadores, o Corinthians ainda corre o risco de ver uma debandada de jogadores. O goleiro Felipe, o volante Elias e o atacante Dentinho, que têm mercado no futebol europeu, devem fazer as malas.
Instabilidade total
A agitação nos bastidores do Flamengo é tão grande que nem parece que o time foi campeão brasileiro há quatro meses. De lá para cá, o técnico Andrade e o diretor de futebol Marcos Braz foram demitidos, enquanto Petkovic, um dos heróis da conquista, virou reserva.
O que não mudou foi o temperamento instável de Adriano. O Imperador continuou faltando em treinos, tendo problemas particulares e resolvendo em campo – foi dele o gol na vitória por 1 a 0 no jogo de ida, por exemplo.
O futuro de Adriano na Gávea é uma incógnita em qualquer circunstância, pois ele já manifestou algumas vezes o desejo de voltar à Europa e acabar com a fama de “maluco” que marcou sua imagem após a saída da Inter de Milão. Mas é claro que vencer a Libertadores e disputar o Mundial de Clubes seria um argumento a mais em favor do Flamengo. Com a eliminação, a saída do craque é bastante provável.
Com ele, outros nomes poderiam ir embora, como os laterais Léo Moura e Juan e o volante Willians, com potencial para jogar na Europa. Além deles, há Vagner Love, que está emprestado até junho pelo CSKA Moscou e, sem Libertadores nem Copa do Mundo, não teria motivos para não retornar à Rússia.
Como se vê, a partida do Pacaembu não se resume a 90 minutos e uma eventual disputa de pênaltis. É todo um ano que está em jogo. Que vença o melhor.
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