sábado, 2 de janeiro de 2010

Helicópteros ajudam na busca às vítimas no Vale do Paraíba As equipes de resgate têm muita dificuldade para chegar aos locais onde ocorreram os soterr

Helicópteros do Exército e do Grupo Águia, da Polícia Militar, foram acionados na manhã deste sábado para ajudar as vítimas do temporal no Vale do Paraíba.
As equipes de resgate têm muita dificuldade para chegar aos locais onde ocorreram os soterramentos. As cidades de São Luís do Paraitinga e de Cunha estão isoladas.

Entre sexta e sábado, nove pessoas morreram soterradas no estado de São Paulo. Quatro em Guararema, na região metropolitana. Em Cunha morreram cinco pessoas da mesma família, que morava na capital.

A única sobrevivente dessa tragédia foi levada para o hospital Frei Galvão em Guaratinguetá, cidade do Vale do Paraíba, a 50 quilômetros de Cunha.

Alice Moron Silva, de 41 anos sofreu vários traumatismos, passou por uma cirurgia no abdômen, mas o estado de saúde dela é considerado estável. O filho dela de 15 anos continua desaparecido. Neste deslizamento de terra morreram o pai, a mãe, o marido, a irmã e a filha de dona Alice. A família é de São Paulo e foi passar o réveillon em um sítio em Cunha.

A situação em Cunha é de improviso e os acessos estão interditados.
Nesta manhã um grupo de amigos das vítimas do soterramento foi em busca de notícias.

“O acesso está impossível, a ponte na entrada de Cunha, a cabeceira da ponte foi arrancada, fora isso a quantidade de barreiras que nós vimos caídas pela pista é uma coisa impressionante”, declara Adriano Rocha, administrador de empresa.

Uma mulher foi resgatada com vida por um helicóptero na tarde de ontem. Outras cinco pessoas morreram. Um rapaz está desaparecido. Todos de São Paulo, da mesma família passavam o réveillon num sítio na zona rural da cidade.

Dezenas de barreiras caíram ao longo da estrada SP-171. Sobre o rio Jacuizinho, para entrar ou sair do município é preciso se equilibrar sobre ripas de madeira.

Caminhos tiveram que ser improvisados, a queda de uma ponte interrompeu o principal acesso a cidade. Outras duas cidades também foram fechadas e a Defesa Civil trabalha nas buscas por trilhas rurais para facilitar a locomoção dos moradores.

Algumas máquinas já estão prontas para trabalhar, mas segundo a Polícia Rodoviária não há previsão para a liberação dos acessos. Uma outra ponte também pode desabar. Cunha tem cerca de 25 mil habitantes, a maioria vive na zona rural.

Mais de quatro mil pessoas ficaram desabrigadas São Luiz do Paraitinga, cerca de 20% da população da cidade.

Segundo a Defesa Civil, todos os acessos a cidade estão interditados. O rio Paraitinga subiu dez metros. Ontem, botes infláveis foram usados para retirar os moradores que ficaram ilhados.

A Defesa Civil pede agora ajuda para quem puder enviar água, colchões, cesta básica e medicamentos. O abastecimento de água e luz também está sendo prejudicado.

Em Aparecida, muitas famílias ficaram desabrigadas depois que o rio Paraíba do Sul transbordou na virada do ano.

Cento e trinta e cinco casas foram afetadas pela chuva. Na região da cidade não chove desde ontem, mas o nível do rio não para de subir, por isso o estado de atenção da defesa Civil. No momento 16 pessoas estão desabrigadas, elas tiveram que ficar no ginásio de esportes, outras pessoas estão em casas de parentes e amigos.

Estradas

Toda essa situação acaba se agravando com interdições em várias estradas importantes da região. Queda de barreira também complica o acesso para Ubatuba

Quem está em Ubatuba e quer voltar pra casa não consegue pegar a rodovia Oswaldo Cruz por causa da queda de uma barreira.

A orientação para os motoristas é pegar a rodovia dos Tamoios, sentido São José dos Campos. Mesmo assim no quilômetro 49 da rodovia dos Tamoios ainda há um trecho de lentidão também por causa da queda de uma barreira e o trânsito está funcionando em meia pista. Este trecho ainda deve ser liberado nesta tarde.

Em Ubatuba, o nível da água já voltou a baixar, cerca de oito bairros foram inundados e 38 pessoas ainda estão em um ginásio.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o trecho da via Dutra que teve que ser alterado, no quilômetro 102, pista sentido São Paulo, perto de Pindamonhangaba, passou a funcionar no sentido Rio de Janeiro em mão dupla. Ainda não há previsão de quando as obras de reparo deverão concluir e o tráfego deverá ser normalizado.

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